sábado, 26 de junho de 2010


"Eu me traí. Dormi contigo".

Rafael Reinehr

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu e eu mesma

E aqui estou eu numa madrugada de sexta feira, em casa procurando alguma forma de curar o tédio.

Eu e a minha garrafa de tequila, que ganhei de aniversário na semana passada.

Dou uma olhada no MSN, será que teria algum contato online afim de uma diversão?

É, eu costumo curar meu tédio assim, fim de noite, bêbada, com algum estranho em minha cama, no outro dia provavelmente iríamos em alguma lanchonete, tomaríamos café da manhã, ele pagaria é claro, e eu nunca mais veria seu rosto novamente.

Sem telefonemas, sem qualquer tipo de contato.

Mas é difícil encontrar alguém online numa sexta feira, essa hora da madrugada.

Procuro na agenda do celular e me lembro que eu nunca anoto nenhum número, na maioria das vezes eu apenas finjo que os anoto.

O desespero e a solidão começam a bater, talvez seja essa uma das conseqüências de se morar sozinha.

Será que eu devo pegar o carro e sair por aí em busca de algo para me animar?

Porra, esqueci que o carro está sem gasolina.

E a noite vai passando e eu naquela enorme vontade de trepar, de sentir através de gozadas e gemidos o prazer por sempre conseguir o que quero, e ter os homens em minhas mãos.

Entre tragadas de Camel e goles de tequila eu continuo na busca incansável pela noite perfeita.

Pronto, cansei! Contraditória ou não, irei para cama apenas com minhas fantasias, me divertir sozinha.

quinta-feira, 24 de junho de 2010


"A angústia ainda é melhor que a decepção".

Às vezes tudo se ilumina de uma intensa irrealidade. E é como se agora este pobre, este único, este efêmero instante do mundo estivesse pintado numa tela, SEMPRE.

.Mário Quintana

quarta-feira, 23 de junho de 2010


"Farei o possível para não amar demais
as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá
pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho
essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos
outros senão o mínimo. É uma forma de paz… Também é bom porque em geral
se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor".


.Clarice Lispector


Ela sabia que precisava dele.
E com isso ela vinha insistindo sua presença, seu cheiro, sua voz.
Aquilo tudo era viciante, e ela tinha necessidade de tê-lo 24 horas por dia, como se aquilo fosse mais importante que seu próprio oxigênio. Como se aquilo á nutrisse, á fizesse viver.
Mas era só por hoje, só um pouco mais, só mais uma dose dele. Ela precisava disso, precisava sentí-lo.
Ela o queria sempre sempre, amanhã, depois de amanhã...
... de manhã, de tarde e a noite.
Ele não podia retribuir, ele nem gostava dela tanto assim.
E isso a fazia sentir mal.
Mas só mais um pouco, pensou ela.
Só um pouquinho pra dormir melhor.
E amanhã?
Amanhã era outro dia, e depois ela resolvia.