sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Convite pra cerveja

Saí do trabalho e estava a caminho de casa quando meu celular apita, uma mensagem.
Era a SUA mensagem me chamando pra tomar uma cerveja pois estava com saudades.
OK! você sabe que não resisto a sua voz suave me pedindo - por favor!
Acabei aceitando, passei em casa pra me arrumar e logo fui te encontrar.
Você me deu um abraço tão apertado e puro que uma lágrima rolou dos meus olhos involuntariamente.
-Que idiota! preciso ser forte, afinal foi ela que quis terminar.
Mas ao mesmo tempo meu coração queria se render aos seus carinhos. Eu não podia e deveria permanecer assim até o fim, para não estragar algo que poderia dar certo dessa vez.
Continuei firme durante toda a conversa, evitando olhar nos seus olhos e te imaginar nua, mas foi inevitável, muitas vezes me distraí lembrando de como era bom o sexo com você e como eu sentia falta daquilo tudo;
Será que você sentia o mesmo ou já tinha outra pessoa?
Passei o tempo todo me perguntando isso e lembrando de como era bom quando eu e você éramos nós.
Sabia que logo acabaria essa cerveja, você iria embora e eu ficaria vivendo de lembranças novamente;
Confesso que me surpreendi quando você pediu pra ir dormir comigo aquela noite.
O que aconteceu depois disso, vai render outros posts qualquer dia desses;

Teletransporte

Antes de dormir pensei em você como de costume, mas algo aconteceu diferente;
Eu me teletransportei para o seu quarto e você estava lá dormindo como um anjo.
Cuidei para não fazer barulho e acordar todo mundo... Sentei na beirada da sua cama e fiquei por horas te observando.
O quarto se encontrava exatamente igual da última vez.
Seus porta-retratos em cima do criado mudo, o pôster atrás da porta e a janela que dava pra ver a lua como sempre aberta.
Você sorria como se estivesse sonhando com algo bom, talvez você também tivesse se teletransportado para o meu quarto;
Me senti tão ligada a você e não queria que terminasse nunca;
Me preocupei em observar tudo com muito cuidado pois não sabia se veria tudo isso de novo.
Talvez sorria pelo meu quarto bagunçado, ou pelo pijama furado, só quero acreditar que sonhava comigo e que de alguma forma estávamos mais próximas que isso tudo;
Você mesma me disse uma vez que tínhamos uma ligação muito forte pois eu conseguia adivinhar quando estava precisando de mim.
Conseguia sentir de longe aquele seu cheiro suave de primavera, e sentia vontade de te abraçar cada vez mais.
Fiquei ensaiando esse toque por horas com medo de você acordar.
Quando de repente tomei coragem de pegar na sua mão meu despertador tocou e eu acordei no meu quarto segurando minha própria mão.
Loucura ou não, eu só espero que isso se repita mais vezes.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ás vezes fico pensando se perdi minha capacidade de escrever qualquer coisa ou se me falta vida, sentimentos.
Sempre escrevi sobre o que estava sentindo, se estava feliz, triste, apaixonada, sofrendo por amor.
E de repente tento enxergar dentro de mim, da minha alma e não vejo nada.
Tá tudo vazio, como uma casa abandonada cheia de poeira esperando pra que alguém mude e cuide do jardim.
As flores murcharam e cresceram um monte de ervas daninhas, tapando a fachada da casa.
A aparência ta triste, suja e abandonada. Talvez seja assim com o coração da gente, de tanta decepção chega uma hora que param de nascer flores e passa a nascer pragas em lugares e momentos indesejados.
O coração pode estar sendo habitado, mas se a pessoa não souber cuidar as pragas continuam lá. É preciso que chegue alguém e limpe tudo, plante novas flores e troque o papel de parede da casa. Quem sabe assim ela esteja pronta para ser habitada por mais um tempo, até o novo morador se cansar e abandonar a casa novamente.